Natal


Não nego, sempre fui – e ainda sou – ansioso, até mesmo para aquelas coisas basicamente inúteis. Tudo bem, o que me conforta é que não devo ser o único na face da terra em ser assim.
Não curto muito o Natal, mas sempre me envolvo em algo que, de alguma maneira, faz com que faça parte dele.   Por isto, quanto mais a data se aproxima, mais aumenta minha angustia – no bom sentido . Desacredito no Natal por uma série de circunstâncias que não vem ao caso agora. O que realmente importa é o fato de que – meio inconscientemente – sinto que algo bom vai acontecer. Por isso, imagino eu que estas horas prévias à data são tão interessantes ou até mais do que o “dia” propriamente dito.  É neste emaranhado de sentimentos que se espalham nos momentos prévios onde imaginamos e construímos o futuro próximo (o dia de natal). Como se esperássemos por algo transformador  e nos mudasse de alguma forma para melhor, claro.
Enfim, na prática, não acho que isso aconteça. Pode parecer pessimismo, mas nós é que esperamos  demais dos outros. Creio que a mudança cabe a nós mesmos.  O dia de Natal e todo enredo que o cerca  é também uma grande metáfora para fazermos auto-avaliação. É  a oportunidade para o nascimento de alguém melhor (nós). Se fizermos isso e colocarmos em prática, certamente a data valerá a pena.

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