Fantasiar um relacionamento duradouro é de longe algo super normal. Estranho se fosse o oposto. Nós mal começamos a nos relacionar com alguém e nossa mente viaja lá na frente, pensando no que pode acontecer. Como se tivéssemos o dom de prever o futuro. Deixando assim transparecer que a melhor parte dos nossos sentimentos surge quando há duração, fidelidade, continuação. Tome um casamento ou namoro como exemplo.
Mas será que é assim, sempre? E aquelas pessoas que passam rapidamente pela nossa vida, por uma noite que seja, mas se tornam inesquecíveis? Anos depois, por alguma razão, sentimos o cheiro dela (pessoa) e isso nos traz à tona um emaranhado de sentidos. Será que a plenitude dos nossos prazeres é atemporal?
Não digo isso em tom de conclusão, mas deve haver uma sombra de sentido. O tempo para nós é, muitas vezes, uma armadilha impiedosa. Pessoas vêm e vão. Cada uma com sua particularidade. E talvez esta que você deseja intensamente não seja destinada à eternidade, mas sim, a um momento apenas. Uma parte do todo, suficiente para ser guardada eternamente.
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